TOLERÂNCIA ZERO!
Hoje em dia o diálogo perdeu força, alias, para que diálogo? Temos o judiciário para resolver nossas merrequices (acho que inventei uma palavra) e milhões de pessoas lá fora para serem nossos amigos, para que conversar para resolver um problema ou cultivar uma antiga amizade?
As pessoas não conversam mais, elas te processam ou te descartam. Afinal de contas, para que servem as milhões de pessoas lá fora e os juízes?
Eu não estou muito inspirado para escrever, na verdade eu ando meio perplexo com as pessoas em geral. Tenho sentido uma falta de maturidade tão grande que confesso estar assustado. Hoje vige a lei da tolerância zero, qualquer coisinha é motivo para uma avalanche. As pessoas não se entendem mais, alias, as pessoas não querem se entender e cobram uma das outras uma perfeição que ninguém possui. Em outros termos, ninguém pode errar, mesmo considerando o fato de que o erro em si é algo subjetivo.
Tudo é visto como um desacato, no real sentido da palavra, pois parece que para alguns existe uma hierarquia de pessoas, sendo que elas, claro, estão no topo. Qualquer mísera coisa é algo pessoal e imperdoável.
Falta discernimento, compreensão, bom senso e, sobretudo, humildade. Discernimento para sabermos o contexto das coisas e das pessoas para sabermos os motivos que levaram “quem” a fazer “o que”. Compreensão para saber que errar é humano e perdoar não é divino, mas é muitas vezes necessário. Bom senso para notarmos que existem maneiras melhores de resolvermos um conflito do que buscarmos o judiciário ou terminarmos qualquer vínculo existente. Humildade para sabermos que o que é errado para um não pode não ser para o outro e que não há nada no universo que possa atestar quem está certo (talvez Deus, mas você é Deus para saber?).
A loucura esta posta ai gente, acabando com amizades, vínculos e lotando o judiciário.
[1:45 AM] [Lucas Gutierrez] [
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Detalhes da pesquisa do IBOPE:
Na análise do grau de instrução dos eleitores, o "Não" cresce entre os que têm curso de nível superior (55%, contra 36% de "Sim"). Entre os que $êm ensino médio, o "Não" tem 54% das intenções de voto, e o "Sim", 40%; entre os que concluíram da 5 à 8 série do ensino fundamental, 53% votam "Não" e 42%, "Sim".
Só entre os menos instruídos, que cursaram até a 4 série do ensino fundamental, o "Sim" vence, com 53% das intenções de voto, contra contra 40% do "Não".
fonte:
http://oglobo.globo.com/especiais/referendo/mat/188818271.asp
É verdade, ou melhor, deve ser. Mas contexto é tudo, a classe "estudada" é a média e alta. Aqueles que se sentem "vítimas" quando na verdade são um dos causadores maiores da violência. É natural, afinal de contas são tão alienados quanto os pobres, porém, acham que não o são, e pior, acham que não são os causadores disto tudo que está acontecendo no mundo. Claro que isso não se dá de forma direta, mas sim indireta.