A MAIORIA DOS JUÍZES DO TRABALHO TÊM ORIGEM HUMILDE

Mais um e-mail que recebi.

Aproveito o ensejo para dizer ue não repasso "coisas" sem que elas aparentem credibilidade.

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Pesquisa sobre o perfil dos juizes trabalhistas, encomendada pela Anamatra a três pesquisadoras do Rio de Janeiro (duas da Universidade Estadual - UERJ - e uma da Fundação Getúlio Vargas), mostra que a ascensão na carreira dos magistrados acompanha a quebra da barreira da imobilidade social ocorrida no Brasil nas últimas décadas.

A novidade é a grande participação de mulheres nas cortes trabalhistas, numa proporção de quase 50 por cento. E a surpresa é que os magistrados trabalhistas, de ambos os sexos, originam-se, em maioria, de famílias humildes, e não da chamada elite.

Estas são algumas conclusões preliminares do trabalho feito pelas professoras Elina Fonte Pessanha e Regina Moraes Morel, da UERJ , e Ângela de Castro Gomes, da FGV, que enviaram três mil questionários aos associados da Anamatra, entre os meses de maio e dezembro de 2005. As perguntas visavam traçar o perfil sócio-econômico dos juízes do trabalho e avaliar o interesse deles por temas atuais como a reforma sindical, a reforma do Judiciário e a ampliação da competência da Justiça do Trabalho etc.

As respostas opinativas ainda não foram computadas pelas pesquisadoras, que trabalham no fechamento dos dados sobre o perfil dos magistrados. Os resultados parciais serão apresentados no 13º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), que ocorre em Maceió entre os dias 03 e 06 de maio.

"O que a pesquisa constata é que o processo de ascensão social dos juizes do trabalho, que vêm de famílias com escolaridade baixa em sua grande maioria, é resultado da democratização do ensino no país. Houve uma melhor distribuição da igualdade de oportunidades, e com isso pessoas oriundas das camadas mais humildes da população puderam estudar e romper a barreira das desigualdades sociais" - informa a assessoria de imprensa da Anamatra.

A socióloga Elina Fonte Pessanha diz que se surpreendeu com o baixíssimo índice de negros encontrados na pesquisa. "Eles são um traço. Isso mostra que, apesar da mobilidade social ocorrida no Brasil com a democratização política e controle da inflação, a população negra continua excluída deste processo", afirma.





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